Essa é uma etapa superimportante para verificar a viabilidade do projeto e, antes de qualquer ação, devemos estar atentos a três aspectos básicos: as condições físicas do local, as condições elétricas e a forma de realização das visitas técnicas.
Como Funciona
- Em uma visita técnica, é muito importante fotografar e filmar todos os pontos e áreas nas quais a instalação do sistema será feita. Vários revendedores utilizam fotos e voos de drones para esse registro.
Em primeiro lugar, verifique as condições físicas do local, qual o tipo de telhado e saiba que estrutura fixa deve ser usada. Dentre os diversos tipos existentes no mercado, os mais comuns são o fibrocimento, cerâmica e o metal.
Para cada um, é indicada uma estrutura diferente:
- Fibrocimento: Fixação com parafuso prisioneiro;
- Cerâmica: Fixação com parafuso tipo gancho ou prisioneiro;
- Metal: Fixação auto brocante Z para os telhados ondulados e, para telhado trapezoidal, perfil diretamente na telha.
Perdas
A perda de energia causada por cabos de energia é um dos danos mais comuns em sistemas fotovoltaicos. Quando a distância entre os condutores for maior, suas seções transversais para os componentes de interconexão também serão maiores. Além disso, esta situação requer mais cabos para a conexão elétrica dos condutores, causando perda do sistema, ampliação do circuito e aumento dos custos de engenharia.
Inclinação e orientação são dois elementos-chave da eficiência de qualquer sistema fotovoltaico, ao considerar a direção das placas, o ideal é sempre localizá-las ao norte. Porém, é sempre bom lembrar que um projeto pode se tornar totalmente inviável tecnicamente, dependendo da orientação da cobertura em que o sistema será instalado. Em relação à inclinação, é necessário analisar se a inclinação da cobertura é alta ou baixa (abaixo de 100), esse detalhe afeta a eficiência do sistema e dificulta a fixação do painel na cobertura, devido ao baixo declive e ao acúmulo de sujeira.
Atenção!
Durante a visita técnica deve-se atentar ao local onde os inversores do sistema fotovoltaico podem ser instalados, além de outros dispositivos periféricos (como string box) conectados a ele. Também deve ser considerada a área a ser ocupada pelo dispositivo, a distância mínima entre a parede e o componente e se há espaço de circulação suficiente no local de instalação do inversor, fator muito importante para a manutenção do equipamento.
Para prevenir-se de situações adversas ou instalações de painéis em locais inadequados, a visita técnica também pode prever a altura e volume das copas das árvores e eventual sombreamento, bem como, altura de edificações vizinhas que podem estar ultrapassando os muros e prejudicando alguma parte do telhado onde será feita a instalação.
As condições elétricas do local são elementares para analisar a possibilidade de realização do projeto fotovoltaico, por isso, durante a visita técnica, é preciso verificar a necessidade de melhorias nas instalações elétricas do imóvel do cliente, principalmente do circuito de entrada. Dessa forma, é possível saber se haverá custos para executar esse tipo de serviço.
O que precisa ser analisado na parte elétrica:
- A instalação mais importante do circuito é a placa de fonte de alimentação de baixa tensão (QEBT). É o local onde o disjuntor geral instalado e o disjuntor de carga da instalação elétrica estão localizados, portanto, durante as visitas técnicas, é importante verificar a corrente máxima do disjuntor geral para saber se está abaixo do limite de carga. Outra informação relevante é verificar se ele tem a capacidade de proteger a injeção de energia do sistema solar fotovoltaico, além dessas medidas, deve-se atentar também para os condutores que atingem o quadro de baixa tensão. Lembre-se de que a capacidade desses projetos também deve suportar a corrente gerada pelo sistema fotovoltaico.
- Padrão de entrada é o ponto de conexão com a distribuidora de energia. Inicialmente, verifique se o tipo de ligação é monofásico, bifásico ou trifásico, já que, provavelmente o sistema fotovoltaico requer uma ligação trifásica. Em unidades com conexão em baixa tensão, inicialmente, o padrão de entrada é composto por um disjuntor de baixa tensão e um medidor, se a unidade for de média tensão, será preciso uma subestação, assim, para potência instalada até 300 kVA, é necessária uma subestação simplificada, ou seja, ter um transformador particular em um poste. Já, se nesse mesmo tipo de unidade, a potência instalada ultrapassar os 300 kVA, é preciso ter uma subestação Abrigada ou Blindada. Nesse caso, se o sistema do cliente já estiver adequado com uma cabine de média tensão, será preciso somente uma adaptação para o sistema fotovoltaico, isso torna o custo do projeto mais barato. Além disso, o sistema fotovoltaico exige condições ideais de aterramento, por isso, atente a esse fator para instalar o projeto e, verifique sempre, o padrão de entrada para saber se ele está em boas condições e de acordo com as normas da distribuidora local.
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